14.2.11

Silêncio – parte 1


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Silence is golden.” Duct tape is silver. De fato, o é. Mas alguns não percebem isso. Há pessoas que falam sem parar, mesmo que não haja conteúdo no que falam, simplesmente porque não suportam o silêncio, acham-no incômodo. Um exemplo são os personagens do filme Pulp Fiction, Vincent (Travolta) e Jules (Jackson). Os dois estão sempre falando assuntos sem importância e superficiais para preencher o tempo. Quando Vincent sai com Mia (Uma Thurman) e ficam sem assunto, ela comenta sobre o silêncio constrangedor e opressor. A mensagem fica mais óbvia quando Butch (Willis) conversa com uma motorista de táxi, que pergunta qual o significado do nome dele, que responde que nos EUA as palavras não significam nada.


Seria o silêncio capaz de mostrar o que nem palavras conseguem, escancarando de forma nada sutil como realmente são os relacionamentos entre as pessoas? Escondendo-se por trás de uma máscara de palavras, as pessoas podem dissimular seus verdadeiros sentimentos em relação ao outro, se é que existe algum. Mas a falta do que dizer nos torna indefesos. 



 


Pode-se considerar que é uma boa maneira de saber se há afinidade entre as pessoas se estas conseguem ficar confortáveis com a presença uma da outra, sem a necessidade das palavras. Não que elas sejam desnecessárias, afinal, é através delas que conhecemos uns ao outros e formamos a convivência. Mas quando o tempo pesa sobre ela, o silêncio é necessário para saber o que as palavras não dizem.

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