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2.3.11

Grito - Parte 2


Enquanto algumas pessoas gostam do silêncio, a maioria pareceu ter aderido ao grito. O mundo parece girar de acordo com quem grita mais, quem bate mais, quem intimida mais. 

 
As discussões não são ganhas em base de argumentos ou pela racionalidade, mas pelo tom de voz, que normalmente só aumenta conforme mais xingamentos saem. São discursos vazios e ecoados por muitos. É comum ver pessoas respondendo perguntas com o super argumento: "que tédio" ou qualquer xingamento que irrite o emissor e o exponha ao ridículo perante a plateia (afinal, se não tem plateia, o receptor não vai achar graça). 


É comum ver isso nos “Reality shows”, as pessoas brigam, começam a gritar e gesticular na cara das outras, ficam se encarando com um milímetro de distância até que um dos lados cede, ou pela desistência de tentar argumentar com o nada, ou parte para violência, e quem vencer a luta por consequência vence a discussão – na visão dos envolvidos. É a sobrevivência “dos mais fortes”, a volta da irracionalidade (se é que algum dia ela deixou de predominar na humanidade).

 “Ao lado do Estado Democrático de Direito, há, e sempre existirá, parcela de indivíduos que busca impor, porque lhe interessa, a lei da barbárie, a lei do mais forte. E isso o Direito não pode permitir”